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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Palavra de prodígio

Gravando - Os bastidores da música

No fundo, sempre serei um músico.

A música faz parte da minha vida desde os meus 3 anos de idade, quando vi um cigano tocando violino num restaurante, em troca de algumas gorjetas. Algo nele me fascinou, e fiquei tão louco por aquilo, que meus pais correram a uma loja e compraram um violino de brinquedo. Eu me encantei com o violino e, aos 4 anos de idade, já estava tocando o instrumento de verdade e estudando música clássica com o maestro de uma orquestra sinfônica.

(...)

O jazz, mais do que qualquer outro gênero musical, tem sido um tema constante em minha vida e em meu trabalho.

Para um aluno de música clássica, jazz era o fruto proibido, mas eu era rebelde. O jazz se tornou meu nirvana musical: o supra-sumo da confluência de melodia, ritmo e expressão musical desenfreada. Embora meus professores formados em música clássica me desencorajassem, eu queria que meu violino vagasse pelo mundo do jazz, como fizeram Stephan
(sic) Grappelli e Django Reinhardt. Comecei a tocar em pequenos clubes na Rua 52, o que despertou a ira dos meus professores na Julliard, que não tinham escrúpulos em expressar o seu desprazer.

- Phil Ramone, produtor musical ganhador de 14 prêmios Grammy, em Gravando - Os bastidores da música (Guarda-chuva, 2008)